quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Manifesto





Lá tem Isabelly, que eu chamo de Belly.
Porque tem a outra Isabelly, que eu chamo de Isa.
Mas tem a Isadora que eu chamo de Dorinha
Também tem a Dora que eu chamo de Dô
E você meu amor do que me chama?
Se eu vou para rua gritar contra a solidão
Vamos às ruas, vamos às ruas.
Vamos marcar as paredes com tinta
Marca essa vida, cobre de tinta toda essa paixão.
Vermelho, amarelo, laranja, azul.
Mistura essa cor
Violeta, cereja, é tanta beleza.
Vem meu amor me chama da esquina
Vem me gritar meu bem, eu quero alegria.
Faz-me delirar
Vamos às ruas
Inventa um apelido, me cria um sentido pra tu me chamar.
Eu quero é amor, eu quero é amor.
Se em Isabelly também tem Gisele,
Passa-me o pincel que eu desenho este céu
Vem meu amor, me chama,
Quero ver teu timbre me laçando feito um anzol.
Vem meu amor, me chama.
Quero você aqui comigo debaixo do meu lençol.
Vamos às ruas.

domingo, 18 de novembro de 2007

Reverberações explicativas de mim



Um belo dia eu percebi que eu precisava plagiar.
Qualquer coisa que eu pudesse preservar até o fim.
Toda a insanidade que roubei joguei contra as paredes
Nas madrugadas que senti algo invisível me procurando
Para eu entregar toda a verdade que escondi dentro do mar
Mas algo que jamais me pertenceu foi a vontade que tive de
Atuar como figurante na vida que eu sempre procurei.
Quando quase tudo anoiteceu, não lembrei onde deixei.
A vela que recebi no enterro da vida em que eu mesmo anulei.
Faço preces para mim antes de procurar o documento em que eu
Mesmo me fiz assinar para não deixar nada mais se aproximar
Tudo que inventei fez desmanchar o jardim, os planos, as figuras
De suor que escorria da pele queimada do calor
Pouco antes de eu me empurrar.
Um belo dia eu percebi que nada mais pode voltar
Porque a eternidade é inexplicável sem uma dor
Dentro das dimensões em que o peso de uma lágrima pode ocupar
Hoje eu apenas espero o velejador que possa me arrastar
Com a sua rede para dentro do seu barco e possa me colocar
Dentro de um aquário para uma criança vir alimentar.
Eu gostaria de pausar a eternidade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Não fale com estranhos


Acordei bem cedo
E o caminho foi traçado
Na geladeira estava o endereço
Corri até ficar cansado
Antes do porre de medo
A vida está programada
Dormiu com a T.V. ligada
Não adianta esconder suas lágrimas
Alguém te espia na porta da sala

Peguei o elevador e ele pifou
No 13º andar onde você está
Jogado na cama !
Com um tiro na cabeça.

Eu tentei te ligar
Mas não cheguei a tempo
Eu não tinha um atalho
Para o teu sofrimento
A minha faca cegou quando te cortou
Minha pistola tinha sido roubada
Por um camarada que cobrou 100 reais
Não adianta esconder suas trapaças
Eu estava atrás da bancada

Peguei o elevador e ele pifou
No 13º andar onde você está
Jogado na cama !
Com um tiro na cabeça

Parecia o entregador que te matou
Mas eu eliminei sua insensatez
Programe melhor sua confusão
Para não deixar pistas pro seu caixão
Eu vou agora armar uma cilada.
E preparar mais uma virada
Não deixe estranhos chamarem na porta

Vã Filosofia


Sou templo de vontade
Sou buraco de enigma
Sou a lei proibida
A escolha, decisão
Minha pele tem sangria
Minha pupila, com estrias
Sou memória curta
Inocente sem descendente

Todo mundo já viu Deus e nem percebeu
Todo mundo já viu Deus e nem percebeu
Alguns até cegaram e se ajoelham
Outros não acreditam e se queixam

Sou a força de Aquiles
Sou a taça de Afrodite
Sou a marca do início
O caminho da destruição
Minha ficha não está limpa
Minha máscara vai pro chão
Essa melodia está lírica
Autoria desconhecida

Todos estão procurando uma perfeição
Todos estão procurando uma perfeição
Alguns até encontram e manjaram
Outros até desenharam embriagados
Essa vã filosofia inventada
Pra me deixar de ressaca

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Minha Gafieira


E essa sua atmosfera !
De gravidade 100
Quero provar do gosto
Pra saber o que é que tem.
Você passa na rua
E me deixa a desejar
Depois se eu te provo
Quero ver se vou gostar
Me beija, me beija, me beija
O dia já amanheceu
Não me faça esperar tanto
Você me enlouqueceu
Olhe a padaria ,na frente daquele bar
É lá que eu vou estar
Esperando pra te amar
Ah, ah ha traz mais uma garçom
A noite vai ser longa
Se meu amor vinher
Só vou querer agora
É querer essa mulher.
Não!Não!Não!Não me deixe na mão
Minha intenção é boa
Não vá se assustar,
Eu quero você nessa mesa de bar!
Me beijaaaa.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Amostra Grátis


Eu mereço aquele beijo
Que eu vi sair através do seu adeus
Como se quisesse me encontrar.
Eu receio que o seu meio
Pode exterminar tudo aquilo que pode manchar.
Eu não vejo outro jeito
De não partir seu vidro sensível
Se eu não transladar-me para dentro de você
E fazer minhas particulas invadirem os seus poros
Sem fazer perceber que eu não sou estéril,
Ou então Autoclavar-me.
Para matar esse desejo que me deu
De querer me desmanchar na areia
Para poder copiar o menor do microscópicos
E poder penetrar na sua pele
Infectando apenas a parte boa de mim em você.
Por isso eu me preparo
Quando o inesperado encontro da nossa solução
For diluída sem que você precise usar máscaras
Para eu poder ficar invísivel
E nos transformar em vapor de chuva
Depois refrescar toda a gloria de um beijo acontecer.
Eu mereço todo um acervo para não te quebrar
Pois ninguém no mundo iria preparar
Um templo pra que eu pudesse preservar você
A 50 graus celsius e não deixar nem um mal
Até mesmo os meus, decomporem o que é seu.
Eu merecia aquele beijo.